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Efeitos do aquecimento na fauna e flora

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A União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) divulgou os nomes das dez espécies de animais em perigo, a fim de destacar para os líderes presentes na conferência sobre o clima (COP-15), na Dinamarca, as conseqüências do aquecimento global.
   
No topo da lista do relatório está o peixe-palhaço, que vive nos oceanos Índico e Pacífico. O animal, de tonalidade alanrajada, tornou-se famoso após o filme “Procurando Nemo”. Seu perigo de extinção, por causa do aumento dos níveis de dióxido de carbono, não ganhou entretanto igual divulgação. Segundo a IUCN, a absorção de CO2 nos oceanos desencadeia reações que perturbam os sentidos de olfato desses peixes, assim como interferem na sua capacidade para encontrar as anêmonas, que os protegem em uma interessante situação de mutualismo. A acidificação dos oceanos é juntamente prejudicial para o gênero de corais Acropora, que inclui cerca de 160 espécies. Se as emissões de gás carbônico continuarem no mesmo ritmo,  os mares se tornarão os mais ácidos dos últimos 300 milhões de anos. Já há uma mudança sensível no pH e a expectativa é que a situação se deteriore ainda mais até 2100.

O conhecido urso Coala está sob ameaça da seca, de incêndios, e da deficiência nutricional causada pela intervenção negativa do dióxido de carbono nas folhas de Eucalipto. Os Pingüins Imperadores, que são altamente adaptados ao frio implacável da Antártica e inspiraram o documentário “Marcha dos Pingüins”, estão perdendo a superfície de gelo necessária para o ato reprodutivo e criação dos filhotes.

Já no Polo Norte, a Raposa do Ártico e a Foca Anelada têm apresentado um problema semelhante devido à importância do gelo para a alimentação e desenvolvimento das espécies. No mar, ao redor do Ártico, a Baleia Beluga sofre com os navios que vêm para essa região devido a exploração de óleo e gás.

O salmão, que representa centenas de milhões de doláres para a indústria da pesca comercial,está ameaçado pelo aumento da temperatura da água, o que reduz os níveis de oxigênio e interrompe os seus esforços para a criação de animais. É conhecida a luta dessa espécie para realizar a procriação nos locais em que nasceram.

Nas áreas mais quentes, a Tartaruga de Couro não consegue mais se reproduzir em praias cada vez mais afetadas por tempestades causadas por mudanças climáticas, enquanto isso, na África do sul, a seca surge fortemente e ameaça as florestas de árvores Quiver.

Os seres humanos não são os únicos em perigo a partir das alterações no clima. É necessária a conscientização de que as pessoas comuns também são preponderantes para mudar esse contexto de extinção na fauna e na flora. Todos podem reduzir as suas próprias emissões de CO2 e exprimir seu apoio à forte ação junto a seus governos para alterar o prognóstico climático.
18/12/2009