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Inovação e o mercado brasileiro

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A terceira edição do BioPartnering Latin America (BPL), ocorrido entre os dias 11 e 13 de setembro na cidade do Rio de Janeiro, mais do que atingir os objetivos esperados, superou as expectativas dos seus organizadores, bem como dos participantes.

 

Características como a Lei de Inovação Tecnológica (2006) e de leis estaduais de inovação tecnológica, além dos crescentes orçamentos federais destinados à pesquisa e programas de fomento e financiamento para a criação de empresas inovadoras e a presença de uma rica biodiversidade, colocam o Brasil em um lugar de destaque na bioeconomia mundial e principalmente na América Latina.

No evento, indústrias e instituições de pesquisa tiveram à disposição atividades como conferências, apresentações de empresas e rodadas de negócios, possibilitando a ampliação dos seus conhecimentos sobre bionegócios na América Latina, com especial atenção para o Brasil, o estabelecimento de parcerias, a apresentação de novos produtos, entre outras ações.

Além da plataforma digital biopartnering.com, que propiciou a realização de 942 reuniões face a face, os participantes puderam contar também com um programa interativo com quatro palestras magnas, 8 painéis e 10 apresentações de empresas. Estiveram presentes no evento mais de duzentos e setenta executivos, investidores e formadores de opinião do setor biofarmacêutico, vindos de quinze países e representando 157 diferentes instituições.

Ao final do evento foram ratificados pontos importantes e positivos do cenário de biociências na América Latina, tais como a necessidade de investimentos, marcos regulatórios da propriedade intelectual e os impactos e oportunidades para o setor com o desenvolvimento de produtos biológicos, assim como as principais dificuldades do setor, com destaque para a inovação predominantemente acadêmica e o excesso de burocracia para acessá-la, a pouca cooperação entre os países da região, a elevada dependência do Brasil na importação de insumos, a ausência de investimentos significativos e a formação de recursos humanos em quantidade e qualidade insuficientes.

No Brasil, importantes instituições, tais como a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) e o Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES), vem realizando expressivos investimentos em biotecnologia, com destaque para os biofármacos.

A atuação da FINEP tem como alvo dos seus investimentos os processos industriais envolvendo rotas biotecnológicas, com foco nos fármacos, biopolímeros  (como bioplásticos feitos de matérias-primas renováveis) e inoculantes para fixação de nitrogênio (com o objetivo de reduzir o uso de fertilizantes químicos). A idéia é apoiar iniciativas de empresas brasileiras em projetos a serem executados em parceria com instituições científicas e tecnológicas.

Por intermédio do CT-BIOTEC, essa instituição aplica seus recursos financeiros na formação e capacitação de recursos humanos para o setor de biotecnologia, fortalecimento da infraestrutura nacional de pesquisas e serviços de suporte, expansão da base de conhecimento, estímulo à formação de empresas de base biotecnológica e à transferência de tecnologias para empresas consolidadas, prospecção e monitoramento do avanço do conhecimento no setor.

Com o mesmo objetivo de expandir os campos da biotecnologia e da nanotecnologia no País, o BNDES lançou um fundo de investimentos (venture capital) para atender às empresas emergentes voltado para a aplicação em ativos dos dois setores. A escolha dessas duas áreas para compor o novo fundo de capital de risco faz parte da estratégia do BNDES de promover e acelerar as atividades de inovação em toda a matriz industrial brasileira e de difundir a inovação como diferencial competitivo nos diversos setores e empresas.

O CEO da Biotec AHG, André Helal Gonçalves, que esteve presente no BPL, acredita que a consolidação deste importante e estratégico evento para o País, é consequência do expressivo crescimento da participação e interação das diversas instituições-chave e profissionais presentes, de forma ágil, direta e sinérgica, resultado da clara intenção em ampliar a network comercial por meio do desenvolvimento de parcerias e modalidades de negócios no campo da biotecnologia, setor muito importante para o Brasil.

De acordo com o executivo, a participação estratégica e fundamental de instituições nacionais e que hoje, mais do que nunca, são reconhecidas internamente pela sua forte atuação e competência nos mais diversos segmentos que permeiam a biotecnologia no Brasil, servem como exemplo real da capacidade de organização e competência nos processos de fomento, gestão e serviços especializados em inovação e biotecnologia.

09/10/2012
Arlei Maturano - Equipe Biotec AHG
 

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