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O presente e o futuro da biotecnologia

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Entre 29 de setembro e 1º de outubro, o Brasil sediou a Biolatina 2008 (Biotehecnology in América), na cidade de São Paulo. No evento, foram realizados o “8th Latin-American Congress - Fair on Biotechnology” e o “4th Brazilian Congress on Biotechnology”. 

O congresso abordou temas de grande relevância para o desenvolvimento de bionegócios na América Latina, como financiamento, tecnologias emergentes, políticas públicas, pesquisas clínicas e regulamentação. A feira contou também com eventos paralelos, como o programa de Empreendedorismo em Biotecnologia Boot Camp, o Fórum Bio Venture, o Seminário de Alimentos Funcionais e o II Fórum Brasil-Alemanha de Biotecnologia.  

A escolha do Brasil como sede do evento deveu-se a quatro pontos principais, que tornam o país um atrativo para o desenvolvimento em bionegócios. São eles: a importante biodiversidade e a abundância dos recursos naturais; os mecanismos públicos e privados disponíveis para o financiamento de projetos de grandes instituições e de empresas em start-up; a política de desenvolvimento de biotecnologia, lançada com foco estratégico na saúde humana, nas produções agrícola, industrial e ambiental; e o novo quadro regulamentar, que cria um ambiente para o desenvolvimento empresarial e para a cooperação científica. 

Os países em desenvolvimento tornaram-se alvo de investimento, pelas empresas estrangeiras, que querem terceirizar as suas atividades de P & D e fechar parcerias com empresas locais. Instituições latino-americanas, através de seus representantes, apresentaram suas origens, conquistas, planos para o futuro, como vêm colaborando no mercado internacional e de que forma as empresas internacionais poderão expandir seus negócios através de parcerias com conglomerados locais.
 
 
Bionegócios

Durante o evento, foram apresentados os mecanismos de funcionamento e os modelos de negócios que funcionam para novas empresas. Investidores do setor salientaram formas de sair de investimentos com ou sem Ofertas Iniciais Públicas (IPOs) e como as empresas da América Latina podem ter acesso a investimentos internacionais.

Devido ao grande interesse, nos últimos anos, pelo desenvolvimento de medicamentos para combater doenças “negligenciadas”, os palestrantes mostraram quais as fontes de financiamento disponíveis e de que forma podem ser acessadas. Houve a demonstração de parcerias concretas, envolvendo a indústria, as organizações sem fins lucrativos e o governo, para o desenvolvimento de produtos terapêuticos e de diagnóstico.   

 

Desenvolvimento tecnológico

O congresso destacou as tecnologias que estão despontando no mercado biotecnológico. Dentre elas, estão novas ferramentas, ligadas à sustentabilidade e à nanobiotecnologia, para diagnóstico na medicina e para a melhoria da produção de biocombunstível.

Na área da saúde, os especialistas acreditam que o diagnóstico será tão importante quanto a terapêutica, quando se fala em “Medicina Personalizada”. Foram mostrados, também, o potencial para o uso de biomarcadores na detecção de doenças precoces, os métodos de imagem para visualizar eventos moleculares, além de outras tecnologias e como tudo isso está influenciando o mercado de diagnósticos.

Os biocombustíveis foram um ponto importante no evento, já que têm sido cada vez mais utilizados por outros países. Como forma de atender a essa crescente demanda, torna-se necessário o desenvolvimento de tecnologias para melhorar a produção de etanol e viabilizar a utilização de outras fontes, como a biomassa.



Sustentabilidade

A preocupação com o meio ambiente fez parte da programação do evento. A utilidade da biotecnologia ambiental como forma de desenvolver processos para o tratamento e a eliminação de um leque de poluentes no lixo, na água, no solo e no ar, visando à sustentabilidade, foram alguns dos temas abordados. Outros assuntos de grande relevância foram as perspectivas sobre as leis de patentes e as regulações de biotecnologia na América Latina, na Europa e nos EUA.    O evento contou com a presença de estudantes, pesquisadores, investidores e empresários, que tiveram a oportunidade de ampliar seus conhecimentos, estreitar e fortalecer o relacionamento com integrantes da comunidade, relacionada ao setor biotecnológico. Além disso, foi traçado um panorama do atual cenário da biotecnologia no mundo e as infinitas possibilidades de investimento externo na América Latina.

09/10/2008
Arlei Maturano - Equipe Biotec AHG
 

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