Implante subcutâneo e creme como nova terapia |
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![]() A abordagem desenvolvida é um protótipo para terapia gênica através da pele e tem como um dos principais componentes o floretin. Essa substância é um flavonóide, antioxidante, encontrado em maçãs, que aumenta a permeabilidade das paredes celulares e que é utilizado em cosméticos com o objetivo de prevenir o aparecimento de rugas. A terapia tem como princípio a utilização de alguma substância que estimulará a expressão de um gene específico, que por meio de uma cápsula é implantado debaixo da pele. Após o implante, um creme com a substância estimulante é aplicado sobre a pele dando início à expressão gênica. As cápsulas usadas na pesquisa eram feitas de alginato e continham em seu interior células vivas com genes específicos para a produção da proteína SEAP (do inglês, Secreted human Placental Alkaline Phosphatase). Eficácia terapêutica O produto foi testado em ratos, nos quais se implantou a cápsula e posteriormente, um creme à base de gordura de leite misturada com o floretin foi aplicado sobre o local de implante. Os testes tiveram um resultado positivo, pois o flavonóide penetrou na pele dos animais, assim como as células contidas dentro das cápsulas. De forma geral, os pesquisadores observaram que quando o creme foi aplicado na pele dos animais com os implantes, o flavonóide atuou sobre os genes de interesse controlando as concentrações de proteínas na corrente sanguínea dos camundongos. Neste experimento foi constatada a diminuição da produção da proteína SEAP, pelas células contidas nas cápsulas. Os pesquisadores acreditam que uma alta dose de floretin possa bloquear a sua produção. Uma das vantagens de utilizar esse tipo de terapia é que não há uma sobrecarga no fígado, órgão responsável pela desintoxicação do organismo. Isso se deve a ação local e a fácil degradação do floretin pelo corpo. Além disso, a aceitação pelo público deverá ser boa, pois os implantes ficam armazenados por longos períodos e podem ser retirados ao término do tratamento, comentou o professor Fussenegger ao Science Daily. Os pesquisadores acreditam que esse tipo de terapia possibilitará o controle de algumas doenças metabólicas, assim como a ativação de fatores de crescimento ou da insulina, por exemplo.
26/06/2009
Arlei Maturano - Equipe Biotec AHG |
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