Novas perspectivas para a genética vegetal |
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![]() Nesse estudo, os pesquisadores relataram a descoberta da importância do gene regulador DUO1, presente em vegetais, que é necessário para a produção de células espermáticas. Os cientistas descobriram que este gene realiza uma dupla função, estimulando a divisão de precursores de células espermáticas e promovendo a sua especialização. O DUO1 está relacionado também com a expressão do regulador G2/M do gene AtCycB1:1. Esse gene tem a capacidade de salvar células germinativas defeituosas em divisão. O estudo levou os pesquisadores a descobrirem que o DUO1 é um regulador essencial para a produção de células espermáticas funcionais, em plantas no estágio de florescência, que possuem uma função de integração ligando o processo de especificação e o ciclo de progressão das células gaméticas. O professor Twell explicou à revista que as plantas em floração exigem duas células espermáticas para que a fertilização ocorra com sucesso. Uma delas irá se unir com a célula ovo para formar o embrião e a outra se juntará à célula central para produzir o tecido do endosperma, rico em nutrientes, dentro da semente. O que os pesquisadores não compreendiam, com relação à dupla fertilização, era como cada pólen conseguia produzir o par de células espermáticas, que é necessário para a fertilidade e para a produção de sementes. A resposta para essa dúvida está na descoberta do gene DUO1, que exerce diferentes funções, tais como a regulação da produção de células espermáticas, e a produção de uma proteína que controla a divisão celular. Essa proteína interfere na expressão de um gene, importante para a diferenciação dos gametas, e na fertilização. De acordo com o professor, as descobertas feitas pelos pesquisadores esclarecem pela primeira vez os mecanismos moleculares por meio dos quais a progressão do ciclo celular e a diferenciação dos gametas são coordenados durante a floração. Como conseqüência será possível compreender os mecanismos de evolução e desenvolvimento dos gametas durante a floração, sendo de grande utilidade para o controle do fluxo de genes e dos cruzamentos de plantas cultivadas. Será possível também descobrir as origens evolutivas das células espermáticas e oferecer novas ferramentas moleculares para a manipulação da fertilidade das plantas, para a produção de sementes híbridas e controle da transferência de genes em sementes transgênicas.
03/04/2009
Arlei Maturano - Equipe Biotec AHG |
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