Cultivar de soja carrega gene da resistência |
![]() |
. |
![]() Essa doença, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, reduz a produtividade da cultura através da desfolha precoce da planta que irá ocasionar queda na produção de grãos. Deve-se levar em consideração também a interferência de fatores ambientais, como o clima e a temperatura, considerados componentes importantes na determinação da gravidade da doença na lavoura. Ao realizarem o sequenciamento do locus Rpp4, presente na região entre os loci Rpp1 e Rpp5, já mapeada, os cientistas identificaram um grupo de genes que supostamente conferiam resistência à ferrugem asiática. Para se certificarem dessa característica, os pesquisadores realizaram comparações entre cultivares resistentes e suscetíveis à doença. Eles encontraram um único gene que poderia conferir resistência, chamado de Rpp4C4, localizado no locus Rpp4. As duas cultivares testadas foram a Williams82, com três genes para resistência, porém sem o Rpp4C4, e a linhagem PI459025B, de onde se origina o locus Rpp4. Através do uso da tecnologia de silenciamento induzido por vírus, os genes presentes no locus Rpp4 foram “desligados”, o que deixou a planta suscetível à doença, provando que o RppC4 protege o vegetal contra ferrugem. Prejuízo econômico No Brasil, a doença já está causando na safra 2008/09 enormes prejuízos à lavoura da soja, contabilizando o maior número de focos registrados desde o início do rastreamento da ferrugem asiática, em 2004. Dados recentes mostram que o número de focos detectados no Brasil chegou a 2,81 mil, representando um aumento significativo em comparação com o final da safra 2007/08, quando foram identificados 2,10 mil focos, e com a temporada 2006/07 com 2,77 mil focos. A pesquisadora da Embrapa Soja, Cláudia Godoy, explicou ao portal Agrolink que o crescimento do número de áreas afetadas não se deve necessariamente a uma eventual piora no trato das plantações e sim a um maior número de laboratórios cadastrados para a coleta de amostras. De acordo com as informações passadas ao mesmo portal, por um dos maiores especialistas em soja do país, da empresa Tadashi Agro, José Tadashi Yorinori, o combate à ferrugem melhorou, mesmo tendo aparecido mais focos da doença. Ele acredita que não foi apenas o número de laboratórios que recebem os dados que aumentou, mas também a forma como as informações são apuradas.
07/04/2009
Arlei Maturano - Equipe Biotec AHG |
© BIOTEC AHG 2023 - Todos os direitos reservados - São Paulo, Brasil.