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Arroz transgênico pode ajudar no controle da diarréia

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A empresa americana de biotecnologia Ventria Bioscience pretende cultivar um arroz geneticamente modificado pela inserção de um gene responsável pela produção de duas proteínas presentes no leite, na saliva e nas lágrimas de humanos. Essas proteínas agem no organismo mantendo o indivíduo hidratado e diminuindo a duração da diarréia.

O objetivo da empresa é o de produzir medicamentos que possam diminuir os casos de desidratação e de diarréias, muito comuns em crianças pequenas, principalmente em regiões de muita pobreza do mundo. A empresa inicialmente recebeu apoio do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, mas por enquanto a aprovação das autoridades para o plantio do arroz é provisória. 

A proposta é de plantar cerca de 1.200 ha de arroz nos estado do Kansas, no entanto, a empresa sofreu pressão de grupos contrários ao projeto, mas caso seja aprovado pelas autoridades a empresa pretende começar o plantio em maio, segundo informou o presidente da companhia, Scott Deeter.  

Preocupação com o Ecossistema

Além de toda a burocracia enfrentada pela empresa para legalizar o plantio do arroz geneticamente modificado, protestos de ambientalistas e fazendeiros têm sido um grande obstáculo para a execução do projeto. Apesar da empresa assegurar que tomará todas as precauções para que as sementes não se misturem com outras plantações, os protestos dos fazendeiros são freqüentes. 

A Associação de Produtores de Arroz dos EUA na pessoa de Bob Papanos, manifestou-se dizendo ser contrário à presença da empresa Ventria Bioscience e da cultura do arroz transgênico. Os produtores de arroz dos EUA temem que se houver a contaminação de outras lavouras de arroz comum com as sementes de transgênico, as primeiras se tornarão imprópria para o consumo.

O mercado internacional tem especial cuidado com os produtores de arroz, pois temem que haja uma queda nas exportações para seus principais compradores devido a iminência de contaminação do arroz americano. Este fato quase ocorreu no ano de 2004 quando importadores da China ameaçaram não comprar arroz de plantações da Califórnia se a empresa de biotecnologia fosse autorizada a plantar na região.  

A empresa de biotecnologia se defende dizendo que as chances do arroz chegar ao alimento humano são remotas, pois o arroz é moído e suas proteínas são extraídas antes que ele seja embarcado. Para assegurar que o produto possa ser utilizado a empresa pediu ao FDA a aprovação do pó de arroz como “alimento medicinal” e não como “medicamento”. Dessa forma a empresa não teria que realizar os testes exigidos pela legislação aprovando sua funcionalidade.

  
07/03/2007
Arlei Maturano - Equipe Biotec AHG
 

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