Decifrado o código genético do arroz |
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O Brasil faz parte de uma equipe internacional de cientistas, formada por profissionais de dez nações, que anunciou a versão mais completa do genoma do arroz, um dos principais alimentos na dieta de mais da metade da população do planeta. Os pesquisadores acreditam que a leitura do DNA ajudará no melhoramento genético do cereal e também contribuirá para o aumento de suas características produtivas e nutricionais. O novo trabalho mostra o sequenciamento final e o mapeamento desse genoma, incluindo a identificação de 37.544 genes. Eles estão distribuídos em 12 cromossomos, com aproximadamente 389 milhões de nucleotídeos (A, T, C e G), que compõem o patrimônio genético do arroz, dos quais 95% foram identificados pelo consórcio. "O mapa genético vai acelerar tremendamente a busca por genes que aumentam a produtividade, protegem contra doenças e pragas ou fornecem resistência à seca no arroz e em outros cereais", disse Robin Buell, coordenador científico do Projeto Internacional de Seqüenciamento do Genoma do Arroz. Os cientistas também descobriram que grande parte do genoma de duas organelas - as mitocôndrias e os cloroplastos - vivem instalados no genoma "principal", no núcleo. Segundo Antônio Costa de Oliveira, da Universidade Federal de Pelotas, líder do quinteto brasileiro de cientistas participantes do projeto, esse fato é um detalhe totalmente inesperado. Chave Conforme os pesquisadores, o arroz está funcionando como a "Pedra de Roseta"(chave que permitiu decifrar a escrita hieroglífica) genética das gramíneas, grupo que inclui culturas essenciais como o trigo e o milho.
Proteção "Nós podemos usar o genoma do arroz como a base para estudos genômicos de outros cereais", disse Buell.
Revolução O Projeto Internacional de Seqüenciamento do Genoma do Arroz se concentrou em subespécies de arroz, Oryza, japônica, cultivada no Japão, Korea e Estados Unidos, como parte dos estudos.
14/08/2005
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