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Protocolo de Kyoto preocupa a Europa

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Como sabemos, o protocolo de Kyoto foi feito para proteger a natureza e diminuir a poluição causada por países do mundo todo. A medida inclui cortes nas emissões de gases como o dióxido de carbono (CO2) – responsável por 76% do aquecimento global - e outros gases do efeito estufa. O que muitas vezes prejudica a economia, e é isto exatamente o que vem incomodando inúmeros países que ainda não aderiram ao protocolo.

Segundo pesquisa elaborada pelo Conselho Internacional para Formação de Capital, o crescimento da Espanha, por exemplo, será em média 3% menor no ano de 2010 caso siga o protocolo. Já o da Itália, calcula-se que será 2% menor, da Grã-Bretanha diminuiria em 1,1% e a Alemanha em 0,8%. O primeiro-ministro da Inglaterra, Tony Blair, ressaltou sua preocupação e afirmou na semana passada que nenhum país estaria disposto a sacrificar desse modo a economia.    Em países como os Estados Unidos e Austrália, a economia também é primeiro plano, e é por esse motivo que ambos não aderiram ao protocolo. Um dos motivos econômicos que a Austrália tem é justamente por ser a maior exportadora de carvão do mundo. Sendo o carvão um combustível fóssil que libera dióxido de carbono, tem seu uso limitado pelo Protocolo de Kyoto.

De acordo com o Conselho Internacional, as tecnologias ecológicas foram levadas em conta, isto é, considerou-se para 2010 uma utilização maior de combustíveis renováveis, por exemplo. Acredita-se também que até o ano previsto, o preço da energia elétrica aumentará em 26%, o que poderia resultar em um grande número de desempregados na Europa, segundo o mesmo Conselho. Como o protocolo institui metas e limites de consumo, os EUA, a Austrália, o Japão, a China, a Índia e a Coréia do Sul anunciaram em julho a criação de um acordo chamado “Parceria Ásia-Pacífico para o Clima e Desenvolvimento Limpo” que seria como um “rival” do Protocolo de Kyoto. O pacto não seria baseado em metas, e sim no desenvolvimento de tecnologias não-poluentes. A idéia é diminuir a emissão dos gases tóxicos sem atrapalhar na economia. Muitos acreditam que esta foi uma forma encontrada para enfraquecer o protocolo.
 
 
O protocolo   

É o único acordo internacional que visa diminuir gases que causam o aquecimento global. O objetivo do protocolo é que, entre o ano de 2008 e 2012 ocorra uma redução de 5,2% das emissões em relação aos números de 1990. 

O acordo foi realizado em 97, porém não entrou em vigência, pois necessita a ratificação de 55 países membros da Convenção sobre Mudanças Climáticas e que estes somem 55% do total de emissão de dióxido de carbono em relação ao total emitido por países industrializados.

Dados da revista Época revelam que os países que mais emitem CO2 na atmosfera são:

Maiores emissores de CO2 (% em relação à emissão mundial)

Estados Unidos   

36,1  Rússia                 

17,4  Japão                  

8,5  Alemanha            

7,4  Reino Unido         

4,3  Canadá                

3,3  Itália                     

3,1  Polônia         

3,0  França         

2,7  Austrália         

2,1  Espanha         

1,9  Países Baixos      

1,2  República Checa 

1,2  Romênia              

1,2


É importante dizer que, com a não adesão dos EUA e Austrália, fica comprometida a obtenção dessas metas. Atualmente cada vez mais estamos assistindo ao aumento das catástrofes naturais que podem ser ocasionadas devido ao efeito estufa, enquanto os países contrários ao protocolo tentam rebater que estes efeitos sejam frutos da própria evolução da natureza.
  

07/11/2005
 

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